segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Carta Ao Espirito

Sem inspiraçao para escrever,
sem uma musa para vislumbrar.
Era assim que passava meus dias,
vivendo cheio do vermelho
nao aguentando mais o fogo
que insiste em queimar O Nada.
Eis que finalmente a vejo
tão bela
tão menina
tão mulher
com lábios vermelhos
olhos que parecem sedentos do mesmo alimento que os meus
sedentos de algo a alimentar esse fogo que por Nada queima.
Com longos cabelos dourados
refletindo a insuportavel luz do sol em meus olhos...
Tú caminhas,
andas imponente
passo por passo,
andas com o olhar de quem objetiva algo.
és tú que quero como lenha para meu fogo.
Minha cara anonima és pra ti este poema,
esta carta ao espirito.
Ainda saberei teu nome...
E quando seu olhar no meu tocar
saberemos que fomos feitos um para o outro,
e tambem ...
Que nossos caminhos nunca deviam ter se cruzado...